— Justo. Mas cuidado… romances de escritório são clássicos de livros.

Ele riu. Eu também. Pela primeira vez, sem dor.

Depois da janta, me aproximei. Não por impulso. Não por pressão. Mas porque eu queria. Conduzi-o até meu quarto. Nervosa, confessei em silêncio que só conhecia um homem de verdade. Mas Matt foi paciente. Perguntou se estava tudo bem. Esperou. Me tratou como se cada pedaço de mim importasse.

Quando acordei, estava em seus braços. O cheiro de loção impregnado no travesseiro.

Na cozinha, entre café e torta de maçã, decidi contar:

— O senhor Patinsk pediu que eu vá para Paris.

Ele franziu o cenho.

— Paris? Não temos nada lá.

— Ele acha melhor eu me afastar do Misa por um tempo. Duas semanas.

Matt suspirou, segurou minha mão.

— Eu vou sentir sua falta. Mas se isso te deixa segura, vale a saudade. Eu cuido do Bono.

E naquele instante, pela primeira vez em muito tempo, a palavra “futuro” não me assustou.

2 semanas depois…

Entro no avião de volta para Nova York mais ansiosa do