Eu devia afastá-lo. Devia dizer não.
Mas a raiva queima, e o desejo que ele sabe despertar em mim me destrava toda.
Minhas mãos já estão no pescoço dele, unhas marcando sua pele.
Ignoro que ele acabou de beijar minhas amigas.
Ignoro que July sorri, debochada, no canto.
Ignoro tudo. Me deixo levar.
A boca dele desce até meu pescoço, lenta, suja, certa. Eu mordo o lábio, contendo o gemido.
Meus músculos se contraem com cada chupada dele, e eu só penso em como seria se aquela língua descesse mais…
Maldito seja esse homem por saber exatamente onde me quebrar.
— Era só um beijo… — Jones tenta justificar, mas Matthew se adianta, coloca a mão firme no ombro de Misa.
— Já deu. — diz, frio. E então Lotte, sempre pontual, olha o relógio:
— Gente, quase cinco da manhã. Melhor dormir.
— Os dois aí não parecem querer. — Emma provoca, e Misa, ainda por cima de mim, responde:
— Leu meus pensamentos.
Ele se levanta e sai, atendendo uma ligação. Eu continuo ali, jogada, tentando recuperar meu ar.
— NÃ