— Mag? — a palavra saiu soluçando.
— Misa… — repetiu, com a voz embargada, confusa, como quem volta de muito longe.
Charlotte congelou, surpresa genuína.
— Ela acordou — disse, quase para si, e logo se recuperou — Misa, por favor, lá fora. O Matt está a caminho. É melhor não ter confusão agora.
— Mas eu…
— Por favor.
— Tá. — Soltei a mão devagar, como quem solta uma beira de vida, e recuei. — Obrigado — acrescentei, e saí.
Entrei no elevador com um sorriso estúpido no rosto e um buraco no estômago. Precisava respirar. Quando as portas se abriram no térreo, duas mulheres com recém-nascidos nos braços esperavam para subir. O cheiro de talco e leite morno me atingiu com um golpe doce. Antes que a coragem me faltasse, perguntei:
— A maternidade?
— Terceiro — respondeu uma delas, gentil.
Subi junto. O corredor da neonatologia tinha paredes com pinturas em azul e rosa, nuvens e letras cursivas. Senti a covardia me cutucar — volta, Misa, não complica —, mas fui. Na recepção, perguntei pelos