Aylla ainda não acreditava no que estava acontecendo. Parecia realmente um sonho, ou um pesadelo. Tudo ali era fora do normal. Aquela casa, as pessoas, a atmosfera carregada de tensão e mistério. Sentada em um sofá de veludo, ela tomava um chá preparado por Josefina, uma mulher de uma elegância impressionante.
— Aylla, não se sinta tímida — disse Josefina com um sorriso gentil.
Aylla retribuiu o sorriso, mas não estava tímida. O que sentia era receio. Algo naquele lugar a deixava desconfortável, especialmente o olhar de Nikolai, que não parava de encará-la.
Josefina logo percebeu.
— Nikolai, não encare assim nossa visita. Ela será a médica da sua irmã.
Ele sorriu, um sorriso frio, e se dirigiu a Aylla:
— Sabe, Aylla, eu não esperava te encontrar aqui… na casa da Josefina.
Aylla notou a forma como ele disse “da Josefina”, sem chamar a mulher de mãe. Isso a fez concluir que ela não era sua mãe biológica. E, como se lesse seus pensamentos, Josefina explicou:
— Aylla, Niko