Numa casa distante, o escritório estava em penumbra. Apenas a ténue luz de um abajur iluminava o rosto do homem que movia tudo desde as sombras. Seus dedos tamborilavam sobre a mesa de mármore até que a porta se abriu num clique.
—Chefe —disse sua mão direita, um sujeito alto, de terno e rosto pétreo—. Encontramos algo. Ou melhor… alguém.
Ele deixou uma pasta grossa sobre a mesa. O homem a pegou com curiosidade e abriu lentamente. A primeira coisa que viu foi uma fotografia: uma jovem de olhos intensos, cabelos escuros e expressão fria como gelo.
—Quem é? —perguntou, com voz grave.
—Eva. Eva Lacroix… a irmã biológica da Kate. Mesmo pai. Mesma mãe.
O homem ergueu o olhar, cortante como uma navalha.
—Continue.
—Ela foi vendida pelo próprio pai a uma organização secreta. Ao que tudo indica, precisava do dinheiro para custear o tratamento da esposa, que estava morrendo… a mãe da Kate. Deram-lhe cinco anos a mais de vida em troca de uma filha. Uma filha criada como arma.
Folheou outra pági