---
— Aylla, pare de fazer teatro.
Ela o fitou, confusa. Será que ele tinha percebido que estava fingindo? Não era possível.
Ayron se aproximou e segurou a mão dela com força.
— Aylla, eu realmente estou tentando manter a calma com você, mas essas suas atitudes estão passando dos limites.
Ela riu, com escárnio.
— Limites? Você não percebe as asneiras que saem da sua boca, Ayron?
Ele jogou a faca longe, impaciente.
— Em primeiro lugar, Aylla, eu sei que você jamais machucaria alguém. Sei que cortou superficialmente a empregada. Você é médica, deve saber que não iria realmente matá-la. Eu sei que você não é assim. Eu te conheço.
— Me conhece? Tem certeza, Ayron, que me conhece mesmo? Que sabe o que se passa na minha cabeça?
Ela se aproximou, encarando-o com raiva.
— Eu, ultimamente, nem me reconheço mais. Perdi meu brilho. Perdi tudo, graças a você e a esse relacionamento tóxico que vivemos. Como você pode achar que viver assim é normal? Eu sempre acreditei que o amor é livre... mas voc