Na mansão, Aracely arrumava o quarto enquanto Lucca tomava banho. Ao puxar algumas roupas da gaveta, encontrou um pequeno cofre.
—Ah, posso guardar minhas joias aqui —gritou pela porta—.
Amor! Posso guardar algo no teu cofre?
—Sim, amor.
Qual é a senha?
—A sua data de nascimento completa.
Ara sorriu. Pegou as joias que Lucca havia lhe dado e abriu o cofre. Dentro, havia documentos, dinheiro, uma arma… e uma caixinha.
A curiosidade foi mais forte. Ela a abriu.
Dentro havia uma pequena boneca de pano.
Ao segurá-la, um arrepio percorreu seu corpo.
Ela conhecia aquela boneca.
Tinha sido dela.
Havia perdido quando era criança, em um lugar que mal conseguia lembrar.
Mas agora…
Pouco a pouco, as lembranças voltaram.
Dois meninos brincavam com ela. Mas ela gostava mais de um deles. Sempre levava doces para ele.
E os olhos daquele menino… eram negros como os de—
—Lucca… —sussurrou, justo quando ele saiu do banheiro com a toalha na cintura e o cabelo ainda molhado.
—Conseguiu abrir, amor? —perg