Mas a clandestinidade, por mais excitante que fosse, também trazia consigo uma dose constante de angústia. A cada encontro, a preocupação com a possibilidade de sermos descobertos pairava sobre nós como uma espada de Dâmocles. A cada sussurro, a cada toque, eu sentia a tensão crescente, a ameaça latente de sermos flagrados. Era um fio tênue que separava a paixão do desastre, um equilíbrio precário que exigia cautela e discrição a cada instante.
Angela, apesar do medo, se entregava completamente a cada encontro. Seus olhos brilhavam com uma mistura de desejo e apreensão, seus suspiros eram uma mistura de prazer e nervosismo. Ela se agarrava a mim com uma força que demonstrava a intensidade dos seus sentimentos, mas também o seu medo. E eu, por minha vez, me sentia responsável por sua segurança, por sua felicidade, por proteger nosso segredo a todo custo.
A cada noite, eu me perguntava até quando poderíamos manter aquele jogo perigoso. A clandestinidade era excitante, mas insustentáv