Luiza
A luz da manhã entrava pela janela, iluminando a cozinha onde eu estava sentada com a única foto que tinha da minha mãe. O café estava quase frio, mas a ansiedade em meu coração me impedia de prestar atenção. Após a conversa tensa com Kalil e Helena, algo me dizia que havia mais do que aparentava naquela imagem amarelada.
Enquanto observava a foto, meus dedos hesitaram sobre a borda do papel. O que mais poderia haver por trás daquela imagem? A lembrança de sua voz e das histórias que ela contava no convento vinha à tona. Lembranças de uma infância repleta de perguntas e mistérios.
Com um suspiro profundo, decidi investigar. Levantei-me e fui até a mesa, iluminando a foto com a luz do sol. Ao olhar mais de perto, percebi uma leve dobra na parte de trás. Era como se houvesse algo escondido ali. Com cuidado, descolei a borda e, para minha surpresa, uma pequena folha de papel apareceu.
— O que é isso? — murmurei para mim mesma, o coração acelerando.
Desdobrando o papel, encontrei um