Ingrid Danielle…
A pose de dona da empresa era o que mais me irritava. Claro que procedimentos existem e eu devo segui-los, mas toda aquela bronca da loira de cabelos curtos, se colocando à frente da porta em vez de usar a bendita secretária eletrônica, me deixava com raiva. Era o cão de guarda do Hotel Stilo Menegasso. Para ser mais direta e objetiva, a cadela do “Si Ou”. E era exatamente esse território que a bonita achava que precisava proteger de mim.
Iludida.
Nem se Denner Menegaço fosse o último homem da Terra. O cara é atraente, tem presença, tem pegada… e só. Se ela me perguntasse, eu acalmaria o coração dela dizendo que não sou a pedra no relacionamento batido e repetitivo do “Si Ou” com sua secretária-marmita. Ela pode ficar tranquila: sempre será o alimento reserva do macho que baba.
Suspirei fundo e tentei ser firme, porém educada.
— Pode sair da frente da porta, por favor? — esforcei-me para manter o tom calmo.
— Não. Nem sei como entrou aqui, não está nem com crach