Ingrid de Danielle…
— Todos esses dias você querendo dormir lá em casa e hoje, que pode, me traz para a sua casa! — eu reclamava enquanto estávamos dentro do elevador privativo, subindo para cobertura. Denner apertou o botão do terraço do seu apartamento, no último andar, e eu questionava o porquê de estarmos ali.
— Valentim vai dormir mais alguns dias na casa da sua mãe. Hoje eu quero te mostrar algo — limitou-se a responder.
Assim que a porta do elevador se abriu, uma brisa fria bateu em nossos rostos. Era uma noite fresca, quase gelada, e ali em cima, no terraço a céu aberto do alto da cobertura, com vista para o Centro Histórico de Florença, o vento fazia a espinha arrepiar. As luzes da cidade refletiam no rio Arno, e a cúpula da catedral se destacava contra o céu escuro.
— Que vista linda… Nossa! Da sacada da cobertura já é maravilhoso, mas daqui de cima é simplesmente espetacular.
Denner caminhou até uma parede à direita do terraço.
— Sabia que você ia gostar — disse, desligando