Inicio / Romance / A NOIVA SUBSTITUTA DO MAGNATA 2 / Capítulo 4 — Seu Primeiro Beijo
Capítulo 4 — Seu Primeiro Beijo

 

Taylor tenta se controlar ao ver que ela estava muito chateada. Mesmo assim, ele ordena que o siga. Alicia, sem ter outra escolha a não ser obedecê-lo, vai atrás dele para fora da balada. No caminho, pega o celular e começa a mandar várias mensagens para as amigas, pedindo que se desculpem com Marcos em seu nome.

 

Quando Alicia está prestes a sair, lembra das pessoas que estavam do lado de fora e sente medo de que alguém tire fotos dela e coloque na internet. Ela olha para Taylor, que está parado na porta da saída esperando por ela, com os olhos frios e sem nenhuma emoção. Ela tenta imaginar o que se passa na cabeça dele e por que está sendo tão idiota e frio daquele jeito com ela. Ainda assim, precisava falar com ele e explicar que não queria sair sendo reconhecida. Mesmo que seus pais não fossem como a poderosa família Fidélis, ainda assim eram conhecidos, e com certeza não deixariam passar uma foto da única filha deles saindo de uma boate àquela hora da madrugada — e ainda por cima, menor de idade. Por isso, resolveu engolir o orgulho e pedir que Taylor a ajudasse a não ser reconhecida, do mesmo jeito que Marcos fez.

 

— O que está esperando, Alicia? Vamos.

 

— Taylor, poderia me ajudar a sair sem que alguém me reconheça? — ela falou um pouco nervosa, com medo de que ele recusasse e ela tivesse que enfrentar a multidão lá fora. Mas, antes que percebesse, ele se aproxima, coloca seu sobretudo sobre ela e a puxa para os seus braços, deixando-a surpresa.

 

— Vamos.

 

Ele fala encostando o rosto dela em seu peito e a conduz para fora. Havia muitas pessoas ao redor, inclusive paparazzi esperando para conseguir uma foto. Mas ele já havia instruído os seguranças a cercarem a entrada e deixarem o carro pronto para partir. Também não queria que as pessoas falassem mal de Alicia ou inventassem coisas a seu respeito.

 

Alicia se sentia nervosa por estar tão perto dele. Era a primeira vez que tinham um contato tão próximo, e seu coração batia tão rápido que ela achou que fosse sair pela boca. Eles passam pelas pessoas, que ficam curiosas para saber com quem o herdeiro dos Fidélis estava saindo. Ele havia entrado com uma loira, mas agora saía com uma mulher de cabelos castanhos. A multidão ficou alvoroçada, tentando se aproximar, o que dificultou o trabalho dos seguranças.

 

— Senhor, acho melhor entrarem logo no carro — disse o segurança, abrindo a porta do carro importado, um Bugatti Divo, para eles entrarem.

 

Taylor não disse nada. Ajudou Alicia a entrar e logo em seguida entrou também. Ela se sentou o mais longe possível dele, se mantendo distante. Tirou o blazer e o olhou, depois que o segurança trancou a porta.

 

— Obrigada — disse, devolvendo o casaco, mas mantendo a distância. Estava com raiva da atitude dele. Taylor parecia uma pessoa completamente diferente da que ela conhecia.

 

— Alicia, sei que está com raiva, mas aquele lugar não é para você. Seus pais não gostariam de saber que estava numa balada com um cara estranho — ele falou, tentando ao máximo se controlar. Ela estava diferente naquele vestido, com as curvas reveladas e os seios destacados por um decote sedutor. Até ele, que a via como uma criança, agora se sentia seduzido. Sentia os nervos queimarem, sua ereção latejar — e isso o deixava sem conseguir raciocinar direito.

 

— Quem é você para dizer o que é ou não lugar para mim? E mais: Marcos estuda na mesma faculdade, e a família dele também é conhecida. Tenho certeza de que ele nunca me faria mal. Minhas amigas estavam lá. Quem não é confiável é você! Vive envolvido em escândalos com várias mulheres. Só aceitei vir porque meu erro foi não avisar meus pais. Agora, quero que me leve para a casa da Letícia — falou brava, com os olhos lacrimejando de raiva. Precisava sair de perto dele.

 

Taylor se sentiu estranho ao ouvir que Marcos era mais confiável do que ele. Um ciúme o consumiu por dentro. Aproximou-se dela, encarando-a profundamente nos olhos.

 

— Você já me esqueceu, Alicia? — sua voz era suave. Ela sentiu a proximidade dele e seu corpo reagiu. Quando ele eliminou a distância entre eles, olhou para seu rosto vermelho. — Me responda — sussurrou bem perto de seu ouvido, deixando-a ainda mais nervosa.

 

Como ela não respondia, Taylor se aproximou ainda mais de seus lábios rosados e, quando percebeu, já estava beijando-a. Alicia ficou sem reação no início, mas era evidente que seu coração disparava como o dele. O gosto doce dos lábios dela o enfeitiçava, e logo o beijo foi correspondido. Seu desejo só aumentava. Quando se deu conta, já era tarde para voltar atrás. Alicia o permitiu e sua língua encontrou a dele em um beijo intenso e apaixonado. Ele também queria aquele beijo — só Deus sabia o quanto estava se segurando para não ficar com ela. 

 

Ele também queria aquele beijo — só Deus sabia o quanto estava se segurando para não ficar com ela.

 

Alicia sentia as pernas tremendo, os pensamentos confusos, e o coração como se quisesse sair do peito. Era o seu primeiro beijo. E justo com ele. Não com Marcos, como tinha imaginado. Não com alguém doce e calmo, mas com Taylor — o cara que a irritava, a provocava... e agora, a beijava de um jeito que parecia que o mundo ao redor tinha parado.

 

Quando os lábios dele se afastaram, por um instante, ela ficou sem ar. Abriu os olhos devagar, ainda sentindo o gosto dele nos seus. O silêncio entre eles era denso. Os dois se olhavam, como se tentassem entender o que acabara de acontecer.

 

— Por que fez isso? — ela sussurrou, com a voz embargada.

 

— Porque eu não aguentava mais fingir que você era só uma garotinha — ele respondeu, sério, passando os dedos pelo próprio cabelo, frustrado consigo mesmo. — Porque eu estou enlouquecendo com você, Alicia.

 

Ela não sabia o que responder. O orgulho queria gritar com ele, jogá-lo para longe, mas seu coração estava traindo sua razão. Ainda assim, respirou fundo e recuou um pouco no banco.

 

— Isso não muda nada, Taylor. Você não manda em mim. E isso que aconteceu... foi um erro.

 

Ele riu de leve, um riso irônico.

 

— Um erro que você também quis.

 

— Não! — ela respondeu rápido demais, mas o rubor em seu rosto a entregava. — Me leve para a casa da Letícia. Agora.

 

Taylor olhou pela janela, fechou os olhos por um momento e assentiu.

 

— Como quiser.

 

O restante do caminho foi silencioso. Alicia olhava fixamente pela janela, lutando para entender o que sentia. Lá fora, a cidade seguia iluminada, viva, barulhenta. Mas dentro daquele carro, tudo parecia suspenso — como se o tempo estivesse esperando por uma resposta que ela mesma ainda não sabia dar.

 

Quando o carro parou em frente à casa da amiga, Taylor finalmente a encarou.

 

— Boa noite, Alicia.

 

Ela hesitou, com a mão na maçaneta. Queria dizer algo, qualquer coisa que desfizesse aquele clima estranho. Mas apenas respondeu:

 

— Boa noite.

 

E saiu, sem olhar para trás. Seu coração ainda batia acelerado. Ela sabia: aquela noite mudaria tudo.

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