O Plano de Proteção
Eu estava ainda de pé, com o contrato assinado pela Lucy na mão, e Aimée me olhando como quem segura um tabuleiro de xadrez inteiro. Ela não falava de impulso, falava como quem já sabia dez casas à frente.— Ryan, escuta o que eu vou te dizer agora. — Ela ajeitou os óculos, aquele ar debochado de sempre, mas com seriedade nos olhos. — A partir de hoje, coloque seguranças. Não só para vigiar os passos da Lucy, mas para proteger as crianças que ela carrega.— Seguranças? — perguntei, cruzando os braços.— Sim. — Ela foi até minha mesa, pegou a pasta e bateu nela com a ponta dos dedos. — Nós temos que nos resguardar, porque como ela já percebeu que não vai ganhar dinheiro com isso, a Lucy pode tentar o pior: um aborto. E falta pouco para os bebês nascerem.Um arrepio passou por mim. A simples ideia mexeu fundo comigo.— Você acha que ela seria capaz?— Eu não tenho dúvidas, Ryan. Gente como ela só pensa