Ryan estava encostado na mesa, o rosto ainda marcado pela vergonha. O escândalo com Lucy corria pelos corredores em sussurros sufocados, e a autoridade do avô pesava sobre seus ombros como uma corrente. Pela primeira vez, ele não sabia como sair de uma situação.
A porta se abriu devagar. Aimee Molina Fernandes entrou com passos decididos. Trazia no olhar uma mistura de dureza e compaixão, mas não para ele — e sim pelo velho patriarca.
— Eu vou lhe ajudar, Ryan. — A voz dela cortou o silêncio. — Mas não se engane. Não vou fazer isso por você. Vou fazer pelo seu avô.
Ele ergueu o olhar, surpreso.
— Ajudar? — riu nervoso, passando a mão pelos cabelos. — Depois de tudo o que aconteceu?
Aimee cruzou os braços.
— Exatamente por isso. Mas tem uma condição: você tem que querer ser ajudado. Então me diga, você quer?
Ryan suspirou fundo, o orgulho ferido se debatendo dentro dele.
— Eu nunca estive em uma situação tão constrang