Aimee ainda estava deitada, o soro preso no braço e o olhar meio perdido entre o teto branco e a claridade suave da sala, pensava nos filhos que estavam em seu ventre. O som do monitor cardíaco preenchia o silêncio com aquele bip ritmado, Ryan, sentado ao lado, segurava firme a mão dela — os olhos marejados, a expressão misturada entre alívio e medo.
Ele respirou fundo antes de falar, a voz grave e baixa:
— Amor, sei que você ama esses bebês, mesmo não sendo seus e tendo inseminadas de uma forma criminosa. Sabe? Eu sei que você faria qualquer coisa para proteger todos eles, mesmo estando com três de nossos em teu ventre, mas agora você precisa pensar também em quem está aqui dentro, nossos filhos estão dentro de teu ventre, e você precisa cuidar de você e deles também.
Aimee virou o rosto devagar, encarando-o com ternura.
Ryan prosseguiu, com a voz embargada:
— Você está carregando três vidas, meu amor, Aimee, dois nasceram e agora lutam pela sobrevivência. E os nossos três, precisa