Aimée apagou a luz do quarto, mas o coração continuava em turbilhão. Deitou-se e, com as mãos entrelaçadas sobre o peito, fechou os olhos. Um suspiro profundo escapou e, então, ela murmurou:
— Papai... me mostra... me mostra o que é pra ser feito. O senhor aí no céu, cuidou de mim até os meus cinco anos... depois partiu. Mas eu sei que nunca deixou de olhar por mim. Papai, eu quero um amor igual ao teu e da mamãe. A mamãe nunca se casou depois que você se foi. Ela sempre disse que não precisava... porque amou só um homem. E eu quero isso também, papai. Eu quero muito que o Ryan tenha mudado. Que ele seja como o senhor foi pra mamãe. Eu não sou o tipo de mulher que ele anda, que ele gosta, o senhor sabe. Eu puxei pro lado da mamãe... eu sou gordinha. Mas eu sou feliz do jeito que eu sou. Então, por favor, conversa aí com Deus... pede pra Ele dar juízo ao Ryan. Que o que ele falou pra mim hoje seja verdade. E me dá uma luz, papai, pra que eu saiba dar essa resposta a ele... p