Chamado ao Coração

Os trigêmeos finalmente receberam alta, trazendo um pequeno raio de luz em meio à escuridão que havia se instalado na vida de Aimée. Pequeninos, frágeis e cheios de vida, cada respiração era uma vitória, e cada choro, uma canção de esperança que ressoava na sala. Aimée os observava nos berços, lado a lado, cautelosa e encantada. Seu peito se apertava e se expandia ao mesmo tempo, revelando a fragilidade da vida. Ela os chamava de “meus milagres”, um lembrete constante do poder da superação e do amor. Contudo, mesmo sentindo-se grata por tê-los, um vazio pulsava dentro dela, como uma sombra constante. Ryan, o pai das crianças e seu grande amor, continuava entre a vida e o silêncio, lutando há duas longas semanas em um coma traiçoeiro. Eram dois meses de ausência, de saudade, de oração silenciosa, e de reencontros em sonhos, onde tudo era possível—onde ele ainda estava ali, sorrindo, dizendo que tudo ficaria bem.

As manhãs dela começavam com o cheiro do