Vozes no Silêncio
O quarto de hospital estava mergulhado num silêncio pesado, quebrado apenas pelo bip intermitente dos monitores. O ar carregava uma tensão palpável, como se o próprio ambiente estivesse retendo a respiração.Aimee estava ali há horas, sentada, sem conseguir desgrudar os olhos de Ryan, que, em sua quietude, parecia tão distante, tão distante de tudo que eram e que sonhavam ser.O rosto dele, pálido, contrastava com a força que ela sabia que ainda pulsava dentro daquele corpo adormecido, como um farol apagado, mas que ainda lutava para brilhar.Ela fechou os olhos por um momento, lembrando de todos os momentos alegres que tinham compartilhado — as risadas, as disputas brincalhonas, e até mesmo os dias mais difíceis que superaram juntos, e que agora se sentiam tão insignificantes diante da fragilidade da vida.Ela segurava a mão dele com firmeza, falando entre lágrimas e sorrisos trêmulos:— Ei, Shurek, eu estou aqui amor. — murmurou, sua