Philipe estava sentado no sofá da ampla sala da casa de sua mãe, os olhos fixos em Ashley, como se precisasse decorá-la de novo, como se aqueles meses longe pudessem ser apagados pelo simples fato de tê-la ali, enfim, tão perto. Ela havia chegado há pouco, depois de visitar a prima no hospital, e desde que cruzara a porta, ele se sentia inteiro de novo. Completamente vivo.
— Você está linda… — disse ele, baixinho, como se confessasse um segredo que o peito não aguentava mais guardar.Ashley sorriu com doçura, mas havia um peso escondido nos olhos. Ela se sentou ao lado dele, cruzando as mãos sobre a barriga, e fitou Philipe com aquele carinho manso que só os dois entendiam.— Eu sonhei tanto com esse momento, Philipe… Tantas vezes. Te vi em sonhos, ouvi sua voz, senti seu toque, mesmo quando achava que nunca mais te veria.— Eu também — ele sussurrou, tocando de leve a mão dela. — Ashley… como foi tudo esse tempo? Como você se sentiu? O que você p