Philipe estava no quarto, já de banho tomado, cabelo levemente bagunçado e o olhar preso na porta. A mão direita descansava sobre a barriga, e a esquerda segurava a caixinha de veludo com o anel que escolhera horas antes.
Tudo estava pronto. A mesa do café da tarde posta com carinho pela governanta, o aroma de bolo de baunilha no ar, e o sol filtrando pelas janelas do apartamento com uma luz dourada que parecia pintar a esperança nos móveis.
Mas ela ainda não tinha voltado.
Ashley.
Ele fechou os olhos por um instante, encostando a cabeça na poltrona. Aquela mulher... tinha preenchido um vazio que ele nem sabia que existia. E agora, com a presença dela ali, com o bebê crescendo dentro dela — dele — era como se seu coração pulsasse fora do peito.
Quando ouviu a chave na porta, o corpo inteiro reagiu.
Ele se endireitou, como se algo nele dissesse: “Ela chegou. Agora tudo volta a respirar.”
Ashley entrou com a bols