Ao atravessar o pesado portão de ferro forjado, o visitante é recebido por um hall de entrada forrado em paineis de madeira escura e iluminado por arandelas de cristal fumê, cujos feixes difusos criam arabescos de sombra nas paredes.
O teto em abóbada, pintado em nuances de burgundy e preto, sustenta correntes de aço inoxidável que refletem a luz em pontinhos repentinos, lembrando gotas de mercúrio. O piso em tábuas longas de carvalho é polido até o brilho, o solado dos saltos e das botas ecoa suavemente, compasso ritmado que antecipa a batida de músicas deep house ao fundo.
Sofás chesterfield em veludo escarlate alinham-se a pequenas mesas de apoio em mármore negro, cada uma adornada por cristais de sal rosa e velas fumegantes, criando nichos de cumplicidade e mistério.
No ar paira um perfume amadeirado, com toques de patchouli e couro queimado, tão envolvente que se torna quase um convite ao abandono de inibições.
Adiante, uma escadaria ampla, encarpetada de vermelho escuro,