A Verdade e o Compromisso
A tarde em Boston estava cinzenta, e o escritório de Paul parecia ainda mais silencioso do que o habitual. A secretária entrou com passos contidos, carregando no rosto um ar de formalidade.— Senhor Paul, o senhor [sobrenome do pai de Monique] está aqui. Pediu para ser anunciado.Paul respirou fundo, ajeitou o paletó e respondeu:— Deixe-o entrar, por favor.A porta abriu-se devagar, revelando um homem cansado, com rugas que denunciavam noites mal dormidas. Não havia arrogância em sua postura, apenas o peso de quem carregava fardos.— Boa tarde, Paul. — disse, com respeito. — Posso?— Claro, sente-se. — Paul se levantou e o cumprimentou cordialmente.O homem se ajeitou na poltrona e, sem rodeios, começou:— Eu preciso entender… O que aconteceu entre você e a minha filha? Por que esse rompimento repentino? Monique não explica nada, só se coloca como vítima. Eu quero ouvir a verd