O silêncio após a explosão de Monique parecia sufocar a sala. As palavras dela ecoavam como navalhas:
— Porque o William nunca foi suficiente! Eu precisava de mais!
William permaneceu imóvel por alguns segundos, atônito. Mas então ergueu os olhos, vermelhos de raiva e mágoa, e falou com a voz firme, mas embargada:
— Não, senhor [sobrenome do pai]. — disse, encarando o sogro. — O senhor não precisa se preocupar. Ela não precisa tomar decisão nenhuma. Eu já tomei a minha.
Monique arregalou os olhos, surpresa.
— O quê?
William respirou fundo, e sua voz, embora baixa, carregava toda a dor acumulada.
— A partir do momento em que você teve coragem de me dizer na cara que eu nunca fui suficiente… então ficou claro: você nunca me amou. Eu era só um passatempo.
Ela tentou protestar, mas ele não a deixou falar.
— Eu aceitei dividir você com outro homem, Monique. — disse, a voz tremendo, mas convicta. —