Os dias passaram e Maya se acostumou à rotina de limpar, ajudar no café da manhã e lavar roupa. Não era difícil porque ela já havia feito trabalhos mais intensos em sua matilha anterior. Além disso, tinha Jenna, que vinha sendo útil, e as outras empregadas também eram simpáticas. Ela adorava a companhia delas — tratavam-na como família, algo que não experimentava há anos.
Mesmo assim, ela tentava de tudo para evitar a Dama Prisca e o Alfa Kane. Sempre que avistava a figura imponente de Kane ou os olhos calculistas de Prisca, seu estômago dava voltas. Era mais fácil manter a cabeça baixa e concentrar-se nas tarefas.
Mas, por mais que tentasse, Maya não conseguia arrancar da cabeça o olhar de Prisca naquela manhã no refeitório. E ela esperava não ser o motivo de ser expulsa daquele palácio. A ideia de voltar para sua antiga matilha a fazia tremer.
Numa noite após o trabalho, Maya e Jenna se sentaram debaixo da grande árvore no amplo pátio, tomando ar fresco. O ar noturno estava frio, fa