Maya estava deitada na cama, o rosto coberto de lágrimas, perdida em seus pensamentos. Já era ruim o bastante que seu pai favorecesse Zara, mas querer que ela se casasse com o homem mais velho da alcateia? “Isso é o cúmulo,” murmurou, um soluço escapando de seus lábios.
“Eu só me casarei com ele por cima do meu cadáver,” sussurrou, a voz trêmula de nojo. “Prefiro correr solta pela floresta e ser despedaçada por lobos renegados do que me acorrentar a aquele velho.” O pensamento das mãos enrugadas dele em sua pele fez um arrepio percorrer seu corpo.
O Alfa Kane havia prometido voltar, então por que ainda não estava ali? Ou ele também a desprezava? “Eles todos me odeiam, afinal,” disse, enquanto uma nova onda de lágrimas inundava seu rosto. Seu coração doía, a respiração falhava, e sua mente reproduzia a cena daquele dia.
Seu pai havia se afastado sem ao menos lhe lançar um olhar, a expressão fria que ela conhecia bem significava que sua decisão era final.
“Pra quem ele está me vendendo?