O dia começou estranho. Uma sensação esquisita, uma aflição sem motivo. Maurício tentou observar se era algo com o irmão, mas não. Era ele mesmo. Levantou-se da cama, tomou os remédios e um café.
Clara havia passado a noite em seu apartamento. Quando o filho estava com o pai, ela costumava ficar mais tempo com ele, e isso normalmente o tranquilizava, exceto naquele dia. Apesar do sentimento esquisito, não tinha nada que ele pudesse fazer a respeito. Tomou seu café e se preparou para sair.
Antes de sair, beijou Clara, que ainda dormia.
— Bom trabalho, grandão. Vai com Deus — disse ela, de olhos fechados.
Ele lançou uma última olhada para ela, para o quarto, e saiu.
Na Base, a manhã parecia normal e sem nenhuma chamada, até que um soldado novato comentou:
— Nossa, hoje o plantão tá tranquilo, né?
Alexandre deu um tapa na nuca dele.
— Cala a boca, isso dá azar.
Menos de cinco minutos depois, o capitão convocou todo o batalhão para uma reunião inesperada. Alexandre lançou um olhar furi