POV: SAVANNA
“Savanna, é a última vez que ele nos toca.” rosnou minha loba, feroz, selvagem, faminta por liberdade. “Chegou a hora de fugirmos.”
Estava de joelhos no chão frio do laboratório. A pele marcada, o corpo dolorido, os músculos em espasmo. Mais uma maldita noite. Mais uma vez sendo reivindicada à força por aquele bastardo.
O ar estava pesado, úmido, saturado do cheiro dele. Eu arfava, os braços tremiam, a respiração cortava o peito como se cada lufada fosse um soco por dentro. A náusea misturada ao nojo queimava minha garganta.
Eu o odiava.
Minha loba se enojava.
Mas pior do que o toque dele... era o que nos ligava. O elo que não pedimos. O maldito laço do Destino.
— Eu preferia ser acorrentada a um porco do mato! &m