POV: RAIKER
— Aquele maldito! — Eu rugi, a voz rouca e carregada de fúria, jogando a garrafa de uísque contra a parede com força. O estilhaço tilintou alto ao se chocar com a pedra fria. Arfei com raiva, o peito subindo e descendo em ritmo frenético. — Como? Como ele conseguiu ficar ainda mais forte?
Minha respiração estava pesada, os olhos semicerrados enquanto eu tentava controlar a explosão que pulsava por dentro. Olhei para os meus braços, as marcas escuras das garras e do aperto que sofri ainda queimavam, o sangue escorrendo em filetes finos. A veia inchada parecia querer rasgar a pele, latejando com dor. Era um preço baixo, eu pensei, por tomar o sangue que não me pertencia.
— Meu rei, o senhor precisa de cuidados médicos. — A voz de Jaqueline soou trêmula, ela parecia contida, mas não conseguia esconder o medo nos olhos. Seus dedos se apertavam um no outro, as sobrancelhas arqueadas em preocupação. A encarei, seu corpo se encolheu como se minhas palavras fossem garras cravadas