POV: AIRYSO som reverberou no ar, me atravessando como uma descarga elétrica. Arfei, sentindo meu corpo todo reagir ao timbre primitivo que ele emitiu. Era uma advertência. Um aviso. Uma promessa.— Pequena... precisa controlar esses pensamentos maliciosos. — Sua voz chegou até mim com uma rouquidão preguiçosa e perigosa, como um sussurro arrastado de advertência.Ele se virou devagar, os músculos se movendo sob a pele exposta, e cruzou as pernas com naturalidade, posicionando os braços à frente do corpo enquanto me media com aquele olhar predatório.— Se quiser me pegar de surpresa.Engoli em seco.— Eu não estava... — Mordi o interior da bochecha, sentindo meu rosto esquentar. Era óbvio que minha mente estava repleta de besteiras. Uma enxurrada delas, aliás. Bastava olhar para ele... para lembrar como meu corpo reagia, entregando-se inteiro sem resistência.— Bem... — suspirei, tentando manter a compostura — ...se usasse mais camisas, facilitaria.Tentei soar casual, mas minha voz
POV: AIRYS— Fenrir está enlouquecido com isto. — A voz rouca de Daimon vibrou perto do meu ouvido, carregada de uma ameaça sedutora que fez meus pelos arrepiarem. Um sorriso ousado se desenhou nos lábios perfeitamente esculpidos dele, daquele jeito que só ele sabia fazer, como se estivesse no controle de tudo e estava. Sem aviso, ele deslizou a mão quente e firme sobre a minha e a conduziu até o peito dele.O calor do seu corpo era absurdo, quase febril. Debaixo da minha palma, os batimentos estavam acelerados, selvagens, como se o lobo dentro dele estivesse pronto para arrebentar a carne e me tomar por completo.— Por isso a sentimos tão intensamente, — ele continuou mantendo os olhos cravados nos meus com uma intensidade cortante. — Este fascínio, esta ligação... Minha pequena.Minha garganta secou. Um arrepio pe
POV: AIRYSSua boca dominava a minha com uma precisão absurda, cada movimento, cada mordida, cada deslizar da língua era um ataque direto aos meus sentidos. Eu me dissolvia ali, entre os braços dele, presa ao calor que ele emanava.O sabor dele era viciante. Selvagem, quente, perigoso.Gemi em meio ao beijo, sentindo a mão dele me apertar mais contra o corpo dele. Meu corpo já tremia, e ainda assim, eu queria mais. Meus dedos deslizaram até seu ombro largo, explorando a tensão de seus músculos, descendo pelo peito firme, sentindo cada linha do seu corpo esculpido.Daimon rosnou contra a minha boca, um som grave e possessivo que vibrou diretamente entre minhas pernas. Em um movimento firme, ele me ergueu do chão com facilidade e me sentou sobre a mureta atrás de mim, sem sequer interromper o beijo.O mundo sumiu. Só ex
POV: AIRYSEncontramos as irmãs Celestiais paradas à porta, nos esperando como se já soubessem que estávamos prestes a chegar. A aura ao redor delas era tranquila e poderosa, como se a própria floresta se curvasse à sua presença.Sem dizer uma palavra, elas nos guiaram para dentro da clareira coberta por musgos e flores que pulsavam sob a luz da lua. O ar ali parecia mais leve, como se o mundo parasse só para aquele momento.— Sente-se aqui, filha da Lua. — disse uma delas, apontando para o centro do círculo.Obedeci, dobrando as pernas em posição de lótus sobre a relva úmida e viva. Senti a energia da terra vibrar sob meu corpo, acolhedora, envolvente.Daimon ajoelhou-se ao meu lado, firme, imponente. Sem dizer uma palavra, pegou minha mão e a levou aos lábios.
POV: AIRYS— Quando cheguei, ele estava de pé, com os braços cruzados, o cenho franzido... bravo..., mas ao me ver, o olhar mudou. Ele não se arrependia, jamais se arrependeria de defender os irmãos.Engoli em seco, sentindo o nó na garganta crescer.— Mas aquele olhar... quando ele viu que eu estava chateada... — Minha voz falhou. — Ele me desmontava. Porque Orion odiava me desapontar. Mesmo quando sabia que faria tudo de novo.“Nosso primeiro guardião.” A voz de Rielly surgiu dentro de mim como um sussurro emocionada. “Ele nasceu com o instinto de proteger. De se colocar na frente, de cuidar.”— Ele é meu lobo silencioso. — murmurei — Forte, firme... e tão doce quando quer.“O cheirinho dele sempre mudava... principalmente nos cabelos.”
POV: ORION— Alec, por favor... para de chorar. — Theron pediu de novo, já era a milésima vez. Puxou ela para um abraço apertado, tentando esconder o próprio desespero atrás do tom brincalhão de sempre.Mas não funcionava.Alec tremia nos braços dele, fungando baixinho, o rosto enfiado no ombro do irmão como se quisesse desaparecer ali.— Eu tô com medo, Theron... — a voz saiu abafada, quase um sussurro. Mas doeu em mim como se tivesse gritado.Cerrei os punhos, meus olhos analisando tudo ao redor. Os dois homens cochichavam num canto, lançando olhares rápidos para a gente, como se estivessem decidindo qual seria o próximo passo. Minha respiração ficou presa na garganta. O ar parecia pesado, sujo.— Eu vou tirar vocês daqui. Nem que eu
POV: ORIONAtrás de mim, Alec arfava devagar. Senti seus dedos apertando a barra da minha camiseta com força. Theron encostou o ombro no meu, firme. O calor dos dois me deu coragem.O homem sorriu. Um sorriso torto, perigoso, debochado. Depois... aplaudiu. Devagar.— Corajoso. — murmurou, se abaixando até ficar quase na nossa altura. Os olhos dele se estreitaram, predadores. — Mas eu não quero o guerreiro... Estou mais interessado em quem vocês protegem.Naquele instante, percebi. Ele sabia. Sabia que havia algo diferente em Alec. Algo que nem mesmo nós entendíamos.E ele a queria.Em um movimento rápido, ele avançou sem aviso.A mão dele agarrou a gola da camisa de Alec com brutalidade, erguendo minha irmã do chão como se fosse uma boneca. O grito dela
POV: AIRYSFui leiloada.Como Luna de alta classe, a companheira do Alfa da minha alcateia, eu deveria ser respeitada, protegida, reverenciada. Mas não.Fui traída. Abandonada. Vendida como mercadoria barata.E o mais humilhante? A pessoa que me entregou foi o homem que jurei amar e servir por toda a vida.Minha cabeça latejava, um zumbido insistente martelava meus ouvidos. Gemi, tentando abrir os olhos, apenas para ser recebida por uma luz ofuscante que queimava minhas retinas. Algo áspero roçava contra minha pele, cortando meus pulsos já feridos. Minhas articulações gritavam em protesto.Respirar era um desafio. A coleira fria em meu pescoço apertava cada tentativa de puxar ar, até mesmo engolir saliva era difícil. Cada movimento era uma punição, minhas costelas doíam, prova da surra brutal que havia recebido antes de ser jogada aqui.Tudo por uma farsa. Uma armação cruel.E a responsável?A mulher que mais confiei na vida.Minha própria irmã.A mesma que peguei na cama do meu marid