POV: AIRYS
O som reverberou no ar, me atravessando como uma descarga elétrica. Arfei, sentindo meu corpo todo reagir ao timbre primitivo que ele emitiu. Era uma advertência. Um aviso. Uma promessa.
— Pequena... precisa controlar esses pensamentos maliciosos. — Sua voz chegou até mim com uma rouquidão preguiçosa e perigosa, como um sussurro arrastado de advertência.
Ele se virou devagar, os músculos se movendo sob a pele exposta, e cruzou as pernas com naturalidade, posicionando os braços à frente do corpo enquanto me media com aquele olhar predatório.
— Se quiser me pegar de surpresa.
Engoli em seco.
— Eu não estava... — Mordi o interior da bochecha, sentindo meu rosto esquentar. Era óbvio que minha mente estava repleta de besteiras. Uma enxurrada delas, aliás. Bastava olhar para ele... para lembrar como meu corpo reagia, entregando-se inteiro sem resistência.
— Bem... — suspirei, tentando manter a compostura — ...se usasse mais camisas, facilitaria.
Tentei soar casual, mas minha voz