POV: AIRYS
— Como você… — murmurei, mordendo o interior da bochecha para conter o nervosismo que me consumia.
— Você ainda não aprendeu a controlar o seu cheiro. — Seus olhos estavam cravados nos meus, escuros, semicerrados, intensos. Sua respiração estava pesada, o corpo quente demais, a testa úmida, não parecia bem.
— Mas o colar… — toquei o pingente no meu pescoço com a mão livre, ainda tentando entender. — Ele deveria camuflar meu cheiro…
— Mas não o cheiro das suas emoções. — Ele sorriu de canto, predador e certo da vitória.
Seu rosto se aproximou mais uma vez. Os lábios a centímetros dos meus, e eu sentia o calor da respiração dele se misturar à minha. Meu corpo inteiro implorava por fuga ou