O mundo interno vibrou.
Não como se estivesse tremendo, mas como se estivesse renascendo à força.
Os anéis de luz e sombra ao redor de Lyria giravam tão rápido que pareciam rasgar a própria mente em camadas. Ela estava no centro, imóvel, com o fragmento ancestral queimando dentro do peito, como um sol preso numa gaiola pequena demais.
Kael segurava o braço dela com força desesperada.
— Lyria, não faz isso! — a voz dele falhava. — Não faz…
Elyon segurava o outro lado, o rosto molhado, a respiração curta.
— Olha pra mim… olha pra nós… não vira isso sozinha.
Lyria estava parada. Mas era um parado diferente. Parecia o ponto fixo de um furacão: tudo girava, tudo se partia, tudo era puxado para ela.
Atrás dela, a Primeira Herdeira tocou seu ombro pela última vez.
— Você tem as duas metades — a voz dela ecoou. — A minha… e a dele.
As paredes da mente tremeram. Fendas abriram-se no céu interno. Valeth rugiu de dentro da escuridão, uma massa de fome e ódio tentando se recompor.
— Você não cons