Isadora permaneceu de pé, ereta como uma rainha em seu trono, o prato de porcelana ainda repousando na mesa ao lado. Toda sua atenção estava voltada para Lívia, como uma leoa brincando com a presa antes do bote.

— Ai, querida… — disse, com um meio sorriso que não chegava aos olhos. — Você realmente acredita que o Luiz comeria algo de tão… baixa qualidade?

A provocação foi dita com tanta leveza que parecia cortesia. Mas o olhar de Isadora perfurava.

— Quer dizer, há alguma graça, até. Você tentando copiar meu estilo, meu penteado, até meu perfume... — Ela inclinou a cabeça, como quem analisa uma peça de arte barata —. Uma versão sem glamour da original. Me sinto quase lisonjeada.

Lívia se encheu de raiva. As bochechas coraram, os olhos brilharam de fúria e humilhação. Apertou os punhos.

— Eu fui amante dele, sim! — explodiu. — Quer que eu prove?

Isadora apenas arque