Mundo de ficçãoIniciar sessãoEla se lembrava das primeiras noites em que o pijama ainda exalava cheiro de loja; de como adorava se deitar sobre o marido, sentir o cetim frio contra a pele quente e o atrito sutil do tecido sobre a intimidade, chegando ao ápice apenas por se esfregar nele, sem precisar de mais nada além do cheiro, do peso dele, do jeito que a segurava.
Agora, a lembrança queimava como ácido em seu peito. Não havia mais faísca, apenas a fumaça sufocante do desgosto. Mas precisava continuar com a farsa. Precisava que Luiz acreditasse que era dela, que Lívia soubesse quem ainda ocupava o lugar principal. Inspirou fundo, sentindo o coração disparar não de excitação, mas de raiva, nojo e um desespero que a fazia querer vomitar. Mesmo assim, aproximou-se devagar, deixando que o robe de seda se abrisse sutilmente, revelando parte da camisola que abraçava suas curvas. — Você vai mesmo ficar aí a noite toda? — perguntou, a voz saindo rouca, modulada para soar como desejo.






