Thalassa se sentou na dura cadeira de plástico encostada à parede da UTI onde Rita estava internada, com as mãos fortemente entrelaçadas no colo. O cheiro estéril de desinfetante enchia suas narinas, mas ela já mal percebia isso, pois sua atenção estava toda voltada para a figura frágil deitada na cama.
Rita estava cercada por máquinas: um monitor cardíaco que apitava de modo constante, um soro que alimentava o corpo enfraquecido e uma cânula nasal que levava oxigênio por tubos finos até o rosto pálido.
Ela sempre fora tão forte e cheia de vida, mas vê-la assim, imóvel e vulnerável, fazia o peito de Thalassa doer profundamente.
As máquinas que a mantinham viva pareciam intrusivas, frias e mecânicas, tão diferentes da mulher calorosa e amorosa que sempre fora seu pilar em tantos momentos.
Ela esfregou os olhos cansados. Não havia pregado o olho desde a noite anterior, mas dormir era a última coisa em sua mente, porque seu olhar voltava para Rita a cada instante, na esperança de algum mo