Millie despertou lentamente do sono profundo e, abrindo os olhos com dificuldade, se enrijeceu ao perceber que não estava em seu próprio quarto.
O ambiente era diferente e, mais do que isso, o ronco alto de Francis, que sempre a irritava e aterrorizava ao mesmo tempo, estava ausente.
E de imediato, as memórias da noite anterior voltaram como uma enxurrada: Francis a flagrando conversando com Zeke ao telefone, explodindo em fúria e começando a agredi-la; a súbita intervenção de Zeke, levando-a para sua casa; e seu colapso quando ele perguntou por que queria voltar para Francis.
Ele a segurara nos braços enquanto chorava, e essa fora a última coisa de que se lembrava, de modo que se perguntava como tinha ido parar naquele quarto e naquela cama.
Ao se virar de costas, ela estremeceu com a dor latejante, embora notasse que não era tão intensa quanto da primeira vez ou das muitas outras. Sempre que Francis se irritava, suas costas eram o alvo, pois ele jamais batia no rosto ou nos braços, e