Celina acorda com um leve estremecimento. A impressão de todos os golpes contra seu corpo ainda ressoa em seus músculos doridos sob a pele que não arde mais com os cortes de antes. Contudo, a sensação de conforto incomum a invade enquanto ela abre os olhos.
Mas, ao não conseguir enxergar nada, ela sente como se estivesse em um lugar sombrio, mais uma vez, e tenta gritar, no entanto, a garganta seca impede qualquer som de sair. Ela sente seu corpo latejando, como se cada osso estivesse sendo reconstituído, mas a fraqueza ainda a toma, uma fraqueza que ela desesperadamente quer combater.
Ela começa a respirar fundo, e o cheiro do ambiente entra por suas narinas, suave e acolhedor, a fazendo se sentir estranhamente segura, algo que ela não se lembrava de sentir há tempos.
De repente, como se fosse um filme, todos os últimos eventos passaram por sua cabeça. Cada imagem, cada sensação, como um turbilhão de pensamentos que se atropelam. A presunção tola de achar que poderia enfrentar a corr