Mundo de ficçãoIniciar sessão— Senhorita Hart, foi um prazer conhecê-la. — Damian abriu um sorriso formal. — Te vejo amanhã, te mostrarei a casa e alguns itens importantes do Noah.
Amélia esticou a mão para se despedir, mas ele se afastou em reflexo, a mulher olhou para sua própria mão e recuou. Talvez ele tivesse sentido asco ao ver sua mão ou não gostasse de contato, não sabia o que pensar, mas ao menos estava contratada e naquele momento era a única coisa que importava. Assim que saiu da sala, Amélia olhou ao redor e deu um gritinho feliz por ter conseguido a vaga. Mandou uma mensagem para a amiga perguntando o seu horário de almoço e a chamou para almoçarem juntas. — O que o fez escolher tão rapidamente? — Aaron perguntou se sentando na cadeira que Amélia estava minutos antes. — Ela acalmou Noah mais rápido do que eu. — Damian disse enquanto olhava para o seu filho que ainda dormia calmamente. — Parece que Noah a escolheu, não eu. Aaron o encarou seriamente e deu uma risada baixa, incrédulo com o que tinha escutado. — Mas ela me deixou intrigado. — Damian disse cobrindo Noah que ainda dormia. — Quero que investigue Amélia Hart. — Desconfia dela? — Aaron olhou o amigo e se ajeitou na cadeira. Ali estava o Damian Blake que ele conhecia. — Você acha que ela se aproximou com segundas intenções? — Não, não acho que seja isso. — Damian se afastou do berço de Noah e caminhou até sua mesa. — Lembra da filha do Richard Bennett? Aquela com quem eu dancei no dia — Damian engoliu em seco balançando a cabeça — enfim, acho que pode ser ela. — O quê? — Aaron se ajeitou na cadeira. — Richard Bennett não havia publicado uma nota de esclarecimento dizendo que a filha tinha síndrome do pânico e não iria seguir sua carreira de pianista porque sairia do país para cuidar da saúde? — Exato, mas no currículo mostra que ela trabalhou em uma cafeteria durante um ano e meio. E aparentemente ela não usa mais o sobrenome do pai. — Damian entregou os documentos e a carta de recomendação da confeitaria. — Alguém está mentindo, e tenho certeza de que é o pai dela. — Certo, que eu consiga descobrir o que tem de errado na família dela — Aaron olhou o amigo e franziu o cenho. — O que você ganha com isso? — A certeza de que ela não se infiltrou na minha casa para conseguir informações para o pai dela. — Damian suspirou e olhou para o berço. — Não quero correr o risco de colocar o meu filho em risco. Não quero uma espiã em minha casa, mas não posso negar que ela tem algum tipo de dom com crianças, Noah está dormindo há mais de uma hora e nem sinal de que irá acordar. — Eu vou verificar o que descubro sobre ela. — Aaron disse por fim. No saguão, Amélia estava sentada em uma das poltronas rolando pelas suas redes sociais enquanto esperava Tess para almoçar. — Lia. — Amélia levantou o olhar e sorriu, Tessa caminhava animadamente até ela. Amélia ria toda vez olhava a amiga que antes vestia lindos vestidos de grife, agora vestia jeans simples e moletons com alguma piadinha sobre desenvolvimento de software. — Parabéns! — Tessa a abraçou animadamente e deu um beijo em sua bochecha. — Eu sabia que você iria passar. — Confesso que fiquei bem nervosa. — Amélia respirou fundo sentindo um arrepio percorrer sua espinha. — A oferta foi muito boa, agora é ser babá por um tempo até ter dinheiro o suficiente para pagar toda a minha faculdade e materiais. — Isso mesmo, mas agora vamos comer, estou morrendo de fome. — Tessa fez um biquinho e puxou a amiga. — Tem um restaurante de frutos do mar aqui ao lado, vamos comer lá. Eu pago! É um almoço de comemoração. — Tudo bem, eu deixo você pagar. — Amélia riu acompanhando a amiga. A conversa fluía entre elas, quando viram já era hora de Tessa voltar para o trabalho. Amélia decidiu passar na confeitaria para se demitir oficialmente, Juliette disse que as portas sempre estariam abertas para ela e Lucca a abraçou desejando boa sorte para ela. Mais tarde, Amélia ligou para Fiona. — Oi, minha linda! — Fiona cantarolou. — A Tess me contou a novidade! Parabéns! Fico muito feliz que conseguiu um bom salário, tenho certeza de que se dará bem! — Muito obrigada, tia. — Amélia riu. — Na verdade, liguei para pedir uma ajuda. — Claro! O que precisa meu amor? — Fiona sorriu alegre. — Será que poderia ir ao shopping comigo? Quero comprar algumas roupas mais confortáveis para o trabalho. Nada de jeans, talvez algumas calças de moletom e vestidos. Fiona pulou do sofá dando um gritinho animado. Ela amava fazer compras e Amélia sabia muito bem disso. — Vou me trocar, te encontro no shopping bebê. — Fiona desligou a ligação após Amélia responder e correu se trocar. Amélia riu com a empolgação de Fiona e suspirou olhando o céu, parecia que a tarde faria sol, seria um dia perfeito para compras. Um tempo depois, Fiona encontrou Amélia em uma loja de vestidos e a abraçou empolgada. — Eu adoro compras! — Disse com um sorriso enorme. — Ainda mais porque faz meses que não a vejo comprar algo para você. — Essa é uma ocasião especial. — Amélia disse contando o riso ao ver a empolgação da mulher. — Preciso de roupas leves para cuidar de um bebê. — Certo, vamos escolher roupas bonitas e casuais, assim você consegue brincar com uma criança e continuar sendo linda. Amélia assentiu e sorriu, sabia que Fiona seria a melhor pessoa para ajudá-la com aquelas compras. Elas andaram por algumas lojas, pararam no meio da tarde apenas para tomar um café e continuaram as compras, mais tarde, quando Amélia chegou em casa com dezenas de sacolas, Tessa riu sabendo exatamente com quem Amélia tinha saído. — Parece que minha mãe a fez de boneca hoje. — Tessa riu ajudando Amélia com as compras. — Eu pedi ajuda para ela para escolher algumas roupas, mas ela levou a sério demais e comprou roupa para as quatro estações do ano. — Amélia disse exausta, mas com um sorriso. — Eu paguei por duas sacolas no máximo, as outras oito ela pagou e me proibiu de devolver o dinheiro.






