Amélia acordou antes do sol.
O quarto estava mergulhado em silêncio, iluminado apenas pela claridade azulada que escapava pelas cortinas. Levou alguns segundos para perceber onde estava… e com quem.
Havia um braço firme em sua cintura. Era o braço de Damian.
Ele a segurava como alguém que tem medo de perder o seu bem mais precioso. O peito desnudo colado às costas dela, quente, sólido, respirando de forma lenta, tão diferente do homem contido e inacessível que ela conhecia. Tão diferente do homem intenso que esteve com ela poucas horas antes.
Amélia permaneceu ali por alguns instantes, tentando reorganizar os pensamentos, tentar entender o que tinha feito, o que isso significava, que linha tinham cruzado e se havia volta.
Mas o peito apertado dizia que não havia volta. Eles precisariam encarar aquilo como dois adultos.
Com muito cuidado, ergueu o braço dele e deslizou para fora da cama. Damian nem se mexeu.
Apressada, vestiu as roupas do dia anterior, puxou o cabelo para trás e pegou