Visita inesperada

Ligou para a cozinha e pediu um café da manhã completo. Estava faminta. Enquanto esperava, folheava uma revista de economia à qual era assinante. Poucos minutos depois, a campainha tocou.

Ela foi até a porta, sem pensar muito, e ao abrir... seu sorriso desapareceu.

Ali, diante dela, estava Mikail Oslov. Alto, impecavelmente vestido, com aquele olhar azul penetrante que parecia despi-la por completo.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou, mantendo a voz firme, mas o coração disparado.

Ele percorreu o corpo dela com os olhos, detendo-se por um instante nas curvas cobertas pelo tecido leve do robe. A tensão entre eles cresceu como uma faísca prestes a incendiar algo.

— Vim fazer uma proposta — respondeu ele, com a voz grave e controlada, embora seus olhos estivessem carregados de desejo.

— Não quero saber de proposta nenhuma. Mas... por pura curiosidade, vou ouvir o que tem a me dizer. — Ela se afastou da porta e fez um gesto para que ele entrasse.

Mikail entrou, ainda lutando consigo mesmo para não olhar demais, para não mostrar a ela o quanto mexia com ele . Mas era difícil. Aquele aroma de rosas no ar, as pernas dela tão à mostra, e o corpo bronzeado coberto apenas por aquele robe.

— Não vai se vestir? — perguntou ele, tentando manter a compostura.

— Eu não sabia que estava nua... Ou o senhor é do tipo que não consegue ficar na presença de uma mulher vestida assim sem perder o controle?

— As mulheres que eu conheço têm o bom senso de não tentar um homem dessa forma, senhorita Silva.

Ela caminhou lentamente até ele, parando a poucos centímetros.

— Oslov, embora odeie esss sobrenome e o homem que infelizmente é meu pai .É assim que quero que me chame. Afinal, agora faço parte da família... priminho.

— Você é muito atrevida. E pelo jeito, gosta de brincar com fogo. Mas cuidado, priminha... pode acabar se queimando.

— Eu acho que quem pode se queimar é você, Mikail. Isso se eu decidir incendiar você com o meu fogo. Coisa que, no momento, não me interessa.

Ele respirou fundo, sentindo o cheiro da pele dela, o calor que emanava daquele corpo quase nu.

— Vamos parar com esse joguinho de sedução barata e ir direto ao que interessa.

Ele abriu a pasta que carregava e entregou a ela um documento.

— Aqui está uma proposta de compra e venda. Pedi aos meus advogados que redigissem rapidamente. É uma oferta milionária. Estou oferecendo mais do que o justo pela sua parte na mineradora e nos imóveis.

__Pois eu não estou interessada em proposta alguma, ainda mais vinda de você.Disse Sofia com um tom de voz firme e frio.

— Se eu fosse você, não rejeitaria assim tão rápido a minha proposta. — A voz de Mikail era grave, arrastada, carregada de provocação e uma ameaça velada. Seus olhos cravaram nos dela com uma intensidade quase palpável.

— Se insistir em ficar, pode ter certeza... você vai se arrepender de ter me desafiado. De tentar usurpar o que ajudei meu tio a construir com tanto esforço.

Sofia ergueu o queixo com altivez, o olhar faiscando em desafio. O robe negro de seda colava-se ao seu corpo nu como uma segunda pele, insinuando cada curva com sensualidade perigosa.

— Isso é uma ameaça? Pois fique sabendo que eu não tenho um pingo de medo de você, Mikail. Pelo que vi até agora, você não passa de um playboy mimado... filhinho de mamãe.

O brilho nos olhos azuis dele mudou. De raiva, para algo ainda mais selvagem. Algo mais primitivo.

— Eu vou te mostrar, sua insolente, do que um “filhinho de mamãe” é capaz — rosnou, avançando como um predador. E ela nem teve tempo de reagir.

Em um movimento rápido e firme, ele a envolveu pela cintura, puxando-a contra o próprio corpo. Os seios dela, firmes sob o tecido fino, se chocaram contra o peito rígido e musculoso dele. A tensão entre os corpos era elétrica, explosiva.

Então, ele mergulhou uma das mãos em seus cabelos ainda úmidos do banho e tomou sua boca em um beijo feroz, selvagem. Seus lábios a possuíram sem delicadeza, apenas desejo bruto. O beijo era comando, domínio, um aviso claro: ela o provocara — e ele estava pronto para jogar.

Sofia sentiu o impacto daquele toque nos ossos. A rigidez evidente entre as pernas dele pressionou seu ventre, arrancando-lhe um gemido abafado. Era impossível ignorar a excitação dele — volumosa, quente, pulsante — encostada em seu corpo praticamente nu.

Ela estava tonta. Queimada por dentro. Nunca, jamais, fora beijada assim. A boca de Mikail era exigente, intensa, e o modo como seus dedos apertavam sua cintura dizia que ele queria muito mais do que aquele beijo.

E o pior — ou talvez o melhor — era que ela também queria. Queria sentir de verdade o que aquele corpo másculo e viril era capaz de fazer.

Mas o orgulho falou mais alto.

Quando ele a soltou, ambos estavam ofegantes. O ar no quarto parecia rarefeito, pesado de desejo. Sofia, ferida em seu controle, reagiu como podia: estalou a palma da mão com força no rosto dele, um tapa ardido, preciso.

Mikail não recuou. Esfregou o local atingido com lentidão, e sorriu com escárnio. Seu olhar ainda brilhava, não de dor... mas de prazer.

Sofia, tentando se recompor, caminhou até a porta a passos rápidos, o robe subindo em suas coxas enquanto seu corpo ainda ardia.

— Saia! E nunca mais me toque sem minha permissão, Mikail... ou eu juro que acabo com você!

Ele caminhou até ela com a calma perigosa de um homem que sabe exatamente o poder que tem. O rosto ainda queimava com o tapa, mas seus olhos estavam colados nos lábios dela, nos biquinhos dos seus seios ,duros sob o tecido leve do robe.

— Saiba de uma coisa, garota ... — sussurrou ele, encostando-se perigosamente perto, tão perto que ela podia sentir o cheiro amadeirado da sua pele, quente, viril, viciante.

— Cada vez que tentar me desafiar, me provocar... é exatamente assim que eu vou reagir. — Seus olhos deslizaram novamente pelo corpo dela.

— Ou, se preferir... posso te dar umas palmadas também. Vai que você aprende a deixar de ser tão atrevida...

E então, com um último olhar carregado de desejo e provocação, ele passou por ela e saiu do quarto... ainda sorrindo.

Sofia fechou a porta devagar, encostando-se nela com o coração acelerado, os seios arfando sob o tecido que ainda vibrava com o calor do corpo dele.

Ela estava tremendo.

De raiva. De desejo.

De tudo que sentira nos braços daquele maldito Mikail Oslov.

Passou a mão pelos próprios braços, tentando apagar o arrepio que ainda teimava em percorrer sua pele.

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