Conrado parecia estar de melhor humor.
— Já comeu? Quer que peça para a empregada preparar um lanche?
— Comi quando voltei, não tô com fome agora.
— Então vou pegar algo pra você beber. — Conrado se levantou e foi até a cozinha. Tirou do refrigerador uma xícara de cappuccino e colocou na frente de Rubem. — Tava gelado, mas não estragou.
— Cappuccino? — Rubem não sabia se ria ou chorava. — Tem creme demais, eu não bebo isso.
— É só de vez em quando, não vai te matar. — Conrado revirou os olhos. — Você nem tem trinta e já tá se cuidando como um velho! Até eu, que sou mais velho, não sou assim!
Vendo que não tinha como recusar, Rubem pegou o canudo, colocou no cappuccino e tomou dois goles. Franziu a testa. Era muito doce, mas dava pra encarar.
— E aí, o que achou? — Conrado perguntou.
— Dá pro gasto. — Rubem olhou para o copo e sorriu. — Mas você ficou me esperando só pra eu tomar isso?
— Exatamente. Saí pra dar uma volta hoje e uma garota me recomendou. — Conrado suspirou, como se pensa