— Douglas, por que você gosta tanto de camélias? — Mônica não conseguiu segurar a curiosidade. Além daquela rosa verde que ele lhe deu na Rua Vine, ela nunca o vira com outro tipo de flor.
— Porque minha mãe amava.
Sentindo a mão dela enrijecer, Douglas virou a cabeça para olhar Mônica e sorriu.
— Acho que nunca te falei sobre minha mãe, não é?
Mônica balançou a cabeça.
Realmente, ele nunca mencionou. Tudo o que ela sabia era que ele era mestiço e que sua mãe era do País Z.
Com um tom suave, Douglas continuou:
— Minha mãe era uma mulher gentil e bondosa… mas eu não me lembro do rosto dela. A única coisa que ela deixou para mim foram dezoito cartas.
— Todo ano, no meu aniversário, eu abro uma delas. A letra dela, as palavras... é como se ainda estivesse aqui. Minha mãe me dizia para ser forte, para nunca desistir, por mais que a vida não saísse como o esperado.
Ele tocou uma pétala branca:
— Ela dizia que o amor das rosas era intenso demais, difícil de suportar. Já as camélias represen