— Pode.
Mônica queria dizer algo, mas, nesse instante, o telefone tocou. Era Kelly.
O Grupo Pimentel tinha muitas questões a resolver, e Kelly sempre lidava com tudo com eficiência. Para estar ligando agora, certamente era algo urgente.
Mônica atendeu.
— Kelly, o que foi?
— É difícil explicar pelo telefone, Presidente. Melhor a senhora vir para a sede o quanto antes.
— Certo. Estou a caminho.
Era estranho ser chamada de "Presidente" por toda a empresa, já que era apenas interina. Sempre sentia que aquele cargo era grande demais para ela.
Ao desligar, lembrou-se de que Rubem já estava acordado. Se havia um problema, ele deveria resolvê-lo.
— Sr. Rubem. — Ela olhou para ele no leito, hesitou e então continuou. — Kelly ligou agora. Aconteceu algo na empresa... O senhor quer...
— Do jeito que estou, não tem como eu ir. — Rubem já sabia o que ela queria dizer e a interrompeu. — Cuide de tudo. Eu confio em você.
Só de imaginar Rubem indo até a empresa em uma cadeira de