Francisco acenou para ele, sorrindo e exibindo os dentes brancos.
— Rubem, bem-vindo de volta!
Ao ver os dois ali, Rubem logo entendeu a situação.
— Não era para ainda não ser o momento? — Após quase quinze dias desacordado, sua voz saiu rouca, mas firme como sempre. — Por que usaram o antídoto agora?
— Desculpe, Rubem. Houve uma emergência, eu não tive escolha. — Eduardo respondeu com seriedade.
As pernas de Rubem ainda estavam sob o efeito do medicamento, o que deixava os nervos temporariamente paralisados. Eduardo ajustou a cama para que ele ficasse sentado e colocou um travesseiro atrás de suas costas.
Quando Rubem levantou o braço, seus dedos roçaram algo macio e levemente áspero. Era cabelo. Olhando para baixo, viu alguém debruçado na beirada da cama. Metade do rosto estava à mostra, com um corte profundo e a carne ainda exposta, deixando um aspecto assustador.
— É a Mônica. Ela ficou preocupada com você e decidiu permanecer no hospital. — Eduardo explicou ao notar