Depois de desligar o telefone, Rubem virou-se para sair sem olhar para trás. Afinal, Mônica era uma mulher, e seria mais apropriado chamar uma funcionária para ajudá-la.
No entanto, ele não deu dois passos antes de sentir a barra da sua camisa sendo puxada com força.
— Rubem... — Mônica havia de alguma forma conseguido sair da banheira. A água do chuveiro escorria por todo o seu corpo, encharcando-a por completo. Os cabelos longos grudavam no rosto ruborizado.
A voz suave e melosa dela o fez parar por um instante. Rubem ficou surpreso ao perceber que, aparentemente, as cordas vocais dela haviam se recuperado.
O braço fino de Mônica agarrava sua camisa, e sob a luz quente do quarto, a cena parecia quase irreal. Rubem engoliu em seco, afastando a mão dela com firmeza:
— Vou lá fora chamar alguém para ajudá-la.
Mônica puxou novamente a barra da camisa dele. Sob o efeito da substância que corria em suas veias, seu olfato estava extremamente apurado. O cheiro de Rubem era agradá