Lucas olhou para Mônica. Ela era pequena e magra, muito menor que ele, mas parecia ter uma força que vinha de outro mundo. Com um pedaço de madeira na mão, ela desferia golpes fortes nos colegas que o estavam agredindo, protegendo-o com o próprio corpo.
— Ele não tá sozinho, porque tem a mim! — Mônica gritou, com os olhos ardendo de raiva. — Amanhã mesmo vou na escola denunciar vocês. Quero todo mundo pedindo desculpas pro meu irmão! E se tentarem encostar nele de novo, eu juro que quebro as pernas de cada um de vocês!
Um dos colegas, achando graça, respondeu com arrogância:
— Ele é fácil de bater. E daí que a gente bateu nele?
Antes que terminasse a frase, Mônica desceu outro golpe com toda a força, calando o garoto imediatamente.
Depois de dar a lição neles, Mônica não disse mais nada. Apenas segurou a mão de Lucas, levou-o para casa, tratou seus ferimentos e costurou o uniforme rasgado. Durante todo o tempo, não falou uma única palavra que o fizesse sentir menosprezado ou