No dia seguinte, Kevin chegou ao quarto e pediu para que Dona Laura preparasse o filho para sair com ele naquela tarde. Ele deu uma breve olhada para Justine, mas numa atitude displicente, virou-se para sair.
Ultrajada com a indiferença do marido, Justine terminou de colocar os sapatos no filho e levantou-se.
— Fique aqui com a vó Laura, já volto. — Após dizer isso para o filho, saiu do quarto.
Equilibrando-se no salto alto, ela andou o mais depressa que podia para alcançar o marido. Ao vê-lo chegando no topo da escada, ela parou.
— Kevin! — Chamou.
No instante em que os seus ouvidos captaram a voz suave, ele pôs o pé no primeiro degrau, mas estagnou e virou levemente a cabeça para dar uma olhada sobre os ombros.
— Seja breve! — A mandíbula estava apertada quando falava.
Justine avançou mais alguns passos, derrotando a distância e ergueu o rosto para encarar o homem que aprumou em toda a sua altura.
— Por que você não dormiu em nosso quarto ontem à noite?
— Trabalhei até tarde