Deixando o marido para trás, ela saiu do escritório.
Vagou pelos corredores para se libertar do incômodo do dia até que entrou em seu ateliê com a esperança de se perder em seu trabalho.
Ela olhou para as paredes brancas que eram pontuadas por prateleiras de madeira repletas de tecidos e fios.
Seus olhos se desviaram para a mesa cercada por ferramentas e esboços. Logo, reparou no vestido delicado que tomava forma em um manequim de moulage. Aquela era uma criação especial, feita com organza azul-clara que parecia flutuar, como se capturasse a essência de uma manhã tranquila. Justine ajustou a barra do vestido com esmero, concentrando-se nas dobras e na leveza do tecido.
Absorvida, Justine quase não ouviu as batidas insistentes na porta. Quando os toques repetiram um pouco mais forte, ela parou por um instante.
— Entre! — Suspirou depois de falar.
A porta abriu devagar, e Caroline apareceu com um sorriso sutil.
— Olá! — cumprimentou, dando uma rápida olhada ao redor. — Uau, es