Quando ele fechou a porta do escritório atrás de si, Lucila tomou vários passos de distância. A cena no refeitório foi constrangedora, e ela não pretendia protagonizar esse tipo de coisa por causa do que Vitório pensava.
“O que você pensa que está fazendo? Por que agiu daquele jeito na frente dos outros?!”
Vitório a observava em silêncio. Aquela frieza cortante se dissipou e no lugar dela restou somente aquela expressão misteriosa e magnética. Seus olhos arrefeceram, e a postura descontraída, com as mãos nos bolsos da calça, evidenciava que aquela raiva fria foi direcionada exclusivamente a Eric.
- Não sei do que está falando, princesa. Tudo o que eu fiz foi cumprimentar a minha esposa, nada mais. – ele respondeu com um sorriso de canto. – Casais se beijam em público, Lucila, é normal. Não estamos mais na década de cinquenta.
“Não me chame de princesa! Não agora! Você sabe do que eu estou falando, não foi um simples beijo de cumprimento entre casal.” Lucila respondeu com raiva. Seu