- Que porra você falou? – Alberto perguntou, estreitando os olhos e cerrando o maxilar.
Vitório caminhou até uma das poltronas Luiz XV da sala grande, e se sentou, subitamente exausto. Seria uma longa conversa, seus irmãos levariam um tempo para entender essa cama de gato que se transformou a família Darius. Até ele mesmo pensava assim, as revelações do pai ainda nadavam em seu cérebro.
- Vitório? – chamou Ícaro, num tom sério e preocupado.
Ele puxou o ar, enchendo seus pulmões e apoiou os cotovelos nos joelhos, fitando os irmãos, tentando passar o máximo de naturalidade e firmeza.
- Nosso pai criou a Acrópole com o investimento de um grande empresário franco-brasileiro. Sei que conhecem essa parte, mas mesmo assim precisamos começar do início.
- É claro que nos lembramos disso, está pregado em mármore na sala memorial da Acrópole. – Alberto respondeu num tom sibilante.
- Jean Martin entrou com a maior parte do capital, e o papai com seu plano de negócios e as ligações que já tin